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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Praticando o amor próprio

  Hoje eu faltei na minha aula de literatura brasileira e fui assistir a aula da Bê de literatura brasileira. É, eu sei que não faz sentido, é só que eu já estou cansada de ver o romantismo sob uma ótica que eu não gosto.
   Mas voltando ao assunto. A aula foi sobre o Poema tirado de uma notícia de jornal, do Manuel Bandeira e o final da aula foi reservado pro monitor mostrar uma música que dialoga com o poema. Eu parei de ouvir o cara quando ele começou a falar que a depressão tem sintomas sociais específicos, deixando implícito que quem tem depressão é só quem mora em favela e que essa pessoa tem motivo.
 Como eu e a Bê sempre tentamos entender a depressão e seus transtornos, ficamos pra lá de bravas e na volta pra casa sentamos num banco dentro do nosso condomínio e conversamos sobre o assunto.
  Conversa vai, conversa vem, acabou que ela disse que tem um pouco de medo de eu desenvolver algum distúrbio alimentar já que a minha auto-estima não é das melhores. E eu acabei contando que realmente, minha auto-estima me deixa na mão em 70% do meu tempo e desde que eu me lembro eu mergulho em uma tristeza profunda que me deixa sem vontade de interagir com pessoas ou sair do meu canto. 
 E percebi que existiram certos momentos da minha vida em que a minha força de vontade de continuar não foi o suficiente e eu só não caí porque apareceu alguém que me ajudou mesmo sem saber. O medonho foi perceber que a primeira pessoa a fazer isso foi o C., que apesar de terminar como terminou, gostou de mim quando nem eu gostava e me fez dar risada e conhecer pessoas e isso me deu um gás que me ajudou muito a terminar o ensino médio sem problemas.
  Ano passado, quando a tal da tristeza apareceu de novo, as meninas daqui de casa me faziam sair e dar risada, fazer doces e assistir comédias e eu sabia que não podia ficar mal e fazê-las ficar mal também.
  E hoje, conhecendo tanta gente como eu estou, uma especial tem me feito nem pensar em tudo o que me deixa pra baixo. A T. não é nem de longe perfeita, também tem os problemas dela mas nós duas juntas parece que nos fortalecemos de alguma forma. 
  Mas eu sei que eu devia aprender a me virar sozinha. Não pra me isolar, mas pra evitar que eu me magoe mais que o necessário se alguma pessoa que eu amo der pra trás. É por isso que conversando com a Bê, percebi que a minha auto-estima não vai se levantar sozinha, eu tenho que trabalhar nisso e tentar ser mais forte emocionalmente. Isso não quer dizer que eu preciso ficar a pessoa mais confiante do mundo, só saber que todo mundo em algum momento se pergunta as mesmas coisas que eu e sente os mesmos desconfortos, a diferença é que enquanto eu fico me afundando nas perguntas, as pessoas continuam em frente, sem nem se preocupar.
  Com isso, meio que comecei uma série de auto retratos que tem a intenção de serem não óbvios, porque eu preciso aprender a ver a beleza em mim mas de maneira que ela fique impregnada na pessoa que eu sou, para que eu não me dê motivos para duvidar dela.
  Quer ver as primeiras fotografias?




































































































































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